Todos nós em algum momento da nossa vida somos tocados por uma sensação de desconforto no nosso trabalho, em relação às funções que exercemos, ou pelo menos em relação à forma como as desempenhamos.
E nesse momento assola-nos uma enorme vontade de sair dessa situação de vida. Começamos a sonhar com aquilo que seria viver o nosso próprio destino com domínio total sobre as nossas condições de trabalho. Viver sem ter de reportar o nosso desempenho a mais ninguém para além de nós próprios. Viver o sonho empreendedor. Ser empresário ou pelo menos empregado do nosso próprio negócio.
Mas nestes tempos em que a velocidade com que tudo acontece é enorme e em que a facilidade com que todos os mercados geográficos se interligam é avassaladora, há que ter consciência do perigo da actividade empreendedora.
Assim antes de partir para a criação do nosso próprio negócio, há que fazer uma profunda reflexão sobre as inúmeras condições para o seu sucesso (ou pelos menos sobre as condições mínimas sem as quais o negócio nunca poderá ter sucesso).
Por vezes esquecemo-nos disso, ou não queremos ver, não queremos reflectir. A reflexão toma tempo e nós estamos ansiosos por iniciar a nossa actividade empreendedora. Mas é nesse momento que tudo se decide por vezes, que tudo se constrói, ou se destrói.
Por isso vale sempre a pena estudar mais, analisar mais, aprofundar a recolha de dados sobre o mercado, sobre os produtos, sobre o perfil das pessoas que precisamos de recrutar, sobre os parceiros de que dependeremos, sobre as actividades-chave do negócio, enfim sobre todas as variáveis do nosso modelo de negócio.
Desenhar o modelo de negócio reduz o risco da incerteza; permite-nos tomar consciência sobre aspectos básicos das condições do mercado onde nos pretendemos posicionar, bem como das condições de viabilidade económica e financeira do projecto que pretendemos desenvolver.
Todos podemos e devemos ser empreendedores, se para isso sentirmos aptidão.
Mas devemos sempre ser Empreendedores Conscientes.
Deixe o seu comentário